domingo, 18 de maio de 2008

“O mundo pertence a quem se atreve”

Toda a semana tinham os Deuses estado contra mim.
Todos dias não, nenhum dia sim.
Mal saí à rua e contra mim começaram a chuva e o vento.
(Mal sabia eu que o dia se tornaria solarento…)
Ainda assim nunca desisti.
Cheguei a casa, mudei de roupa, corri,
No carro agarrei,
Arranquei.
E fui ter contigo, a sós…

O tempo tornou-se infinito,
Com aquele trânsito na rua, aflito.
O meu medo era o meu sofrimento.
Todo aquele nervosismo, um tormento.
Mas, curiosamente, a tua presença
Declarou uma sentença
A tudo isso. A tua companhia
Transformou a noite em dia
E os Deuses mudaram de feição,
Mudaram a situação.
Ainda assim continuou meu medo.
Eu sabia que te ia revelar o segredo
No fim daquela jornada,
Quando já não restasse nada.

Esse momento finalmente chegou
E aí sim, o tempo parou.
Mas, não percebi, o nervosismo não veio.
Que tinha sido aquele receio?

Olhei para a tua face e por dentro sorri
Porque a verdade percebi.
Percebi que os Deuses nada tinham a ver com isto.
Ali éramos só tu e eu, que nada mais existe.
Julgava que serias a minha perdição
Mas, afinal, foste a minha salvação.

E foi então que me decidi.
E tentei, fiz, aconteci…
Porque o mundo não é de quem deve.
“O mundo pertence a quem se atreve”


18/05/2008

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