quinta-feira, 29 de maio de 2008

Desculpa

(dedicado a Alexandra Brazão)


Eu não resistia à tentação
E com aquela música te chateava.
Então sugeriste uma nova canção,
Porque a outra já agoniava.

A princípio decidi concordar.
Pareceu-me bem, tal acção.
Era altura de mudar de música, mudar de ar,
Era altura de mudar de feição.

Fui para casa e comecei o treino,
Mas a música era complicada
(Ou então a voz não é o meu reino).
Percebi que não me levava a nada.

Aí foste condescendente
E disseste: “Então tenta outra qualquer!”.
Eu anuí, lentamente:
“Aquilo que a senhora quiser”.

No dia seguinte acordei revoltado.
“Desta vez não vou tentar! Vou conseguir!”
Mal sabia eu do triste resultado
Que ainda estava para vir…

Apressei-me para o lugar,
À espera que viesses.
Mas tu tinhas decidido não voltar,
Tinhas decidido não ouvir as minhas preces.

Infelizmente, eu não sabia,
E quem sabia não me avisou.
Então estreei a cantoria,
Mas sem ti foi mal que soou.

Acabaste por não aparecer,
E eu estreei-me sem a tua presença.
Então falhei, mas sem perceber
Que isso me declarava uma sentença.

Não fiques mais ofendida.
Não me espetes o coração.
Dá-me só mais uma tentativa
Para recuperar a tua atenção!

Desculpa-me, bela dama,
Por tal acto de terror.
Prometo que não apago a chama,
Que contigo cantarei com o dobro do ardor!


P.S.:
Ainda tentei rimar com Elvis
Para ver se ficava elegante,
Mas só me lembrava de “pélvis”
E isso até era indignificante!


29/05/2008

1 comentário:

Anónimo disse...

isto é dedicado a mim???Alexandra Brazao